Indicador da real situação da economia? Conheça mais sobre o PMI

Postado em 14/05/2025


Indicador da real situação da economia?  Conheça  mais sobre o PMI

Conheça sobre o PMI

Coluna do Simpi – Nasceu o Exporta Simples: proposta do Simpi que virou Política Nacional para Pequenos Exportadores - News Rondônia

É comum que os debates econômicos, tanto na mídia quanto nos círculos de decisão, concentrem-se em indicadores já consolidados, como a inflação, o déficit público, a taxa de câmbio, a taxa de juros e o desempenho da atividade econômica. Esses dados são importantes, pois retratam o que já ocorreu ou está ocorrendo na economia. No entanto, conforme analisa o economista Otto Nogami, há um conjunto de indicadores que, apesar de menos comentados, possuem um valor estratégico inestimável: os indicadores antecedentes. Esses indicadores não mensuram o presente nem o passado, mas oferecem sinais sobre o que pode acontecer nos próximos meses. Representam, em essência, a percepção de agentes econômicos — como consumidores, empresários do comércio e industriais — sobre o futuro. Em tempos de incerteza, essa percepção pode influenciar diretamente o comportamento desses atores, sobretudo em decisões de consumo e investimento. Para o consumidor, por exemplo, uma expectativa negativa quanto ao futuro é suficiente para que ele adie compras de bens duráveis, como eletrodomésticos e automóveis. Já para as empresas, essa mesma sensação de incerteza leva à reavaliação da produção e à contenção na formação de estoques. Esse movimento de cautela começa na percepção e se transforma, pouco a pouco, em retração concreta da atividade econômica. Entre os principais indicadores antecedentes, destaca-se o Índice de Compras dos Gerentes, conhecido internacionalmente como PMI (Purchasing Managers’ Index). Ele reflete justamente a predisposição das empresas em realizar compras de insumos para alimentar seus processos produtivos. Em abril deste ano, o PMI mostrou queda tanto no setor industrial quanto no setor de serviços. Para Nogami, esse dado é revelador: as empresas estão cautelosas, comprando menos, o que indica uma possível redução futura na produção. Essa desaceleração, por sua vez, tende a afetar a demanda por matérias-primas, reduzir o número de horas de trabalho e, como consequência direta, comprometer a geração de renda. Tudo isso compõe um quadro que ajuda a entender por que as projeções para o PIB de 2025 são mais modestas do que aquelas observadas em 2024.

Portanto, os indicadores antecedentes são mais do que simples números: funcionam como bússolas que apontam o rumo da economia antes que os impactos sejam sentidos plenamente nos dados tradicionais. Ignorá-los é caminhar às cegas em um ambiente que exige cada vez mais planejamento e capacidade de antecipação. Como ressalta Otto Nogami, monitorá-los constantemente é uma prática essencial para governos, empresas e consumidores que desejam se preparar para o que está por vir. Assista: 

 

Fonte: Indicador da real situação da economia? Conheça mais sobre o PMI