Postado em 06/02/2019
EXPECTATIVA SOBRE O NOVO GOVERNO BRASILEIRO
A edição deste ano do Fórum Econômico Mundial, que foi realizada no fim do mês passado em Davos (Suíça), foi marcada pela estreia do presidente Jair Bolsonaro na política internacional, cuja principal mensagem foi o claro compromisso de levar a cabo as reformas estruturais e promover a abertura do mercado brasileiro. Segundo o consultor empresarial Roberto Luís Troster, ex-economista chefe da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), não só o Brasil, mas o mundo inteiro está no aguardo dessas providências, com elevadas expectativas. “Muita coisa deverá mudar com o novo governo e, também, com o renovado Congresso Nacional. O quadro conjuntural está favorável, sem os problemas tradicionais da economia brasileira: a inflação está sob controle, os juros básicos estão no piso histórico e o resultado da balança comercial vai relativamente bem”,afirma ele, “Em relação às contas públicas, apesar de ruins, as receitas já estão apresentando uma tênue tendência de alta, com uma pequena queda nas despesas”, complementa ele.
O especialista explica que o governo pretende trabalhar com rigor no corte de despesas e no enxugamento da máquina estatal, além de prosseguir com a implementação de importantes medidas estruturais, como as reformas da previdência e tributária, o que já é um sinal muito bom. “O ideal é que o Estado gaste menos, sempre procurando fazer mais com menos. De acordo com o raciocínio da equipe econômica do governo, quanto menor for o déficit, melhor será a dinâmica da dívida, em que o Risco Brasil será mais baixo e, consequentemente, teremos mais investimentos, levando à retomada do crescimento e, consequentemente, promover a geração de empregos”, diz ele, afirmando que, em fazendo isso, o país terá um enorme potencial para se tornar um grande centro econômico, financeiro, comercial e industrial para toda América do Sul.
“Por enquanto, os países desenvolvidos ainda não estão comprando do Brasil, muito pelo contrário: atualmente estão retirando recursos do país. Nesse sentindo, tradicionalmente, os primeiros 100 dias de governo serão muito importantes para que a nova administração apresente um bom serviço. O mundo inteiro está nos observando e, agora, é a hora e a vez de mostrarmos que somos capazes de fazer muita coisa, em pouco tempo”, reitera Troster.